Tuesday, May 22, 2007

Reportagem de Relato

  • 1927-2006 Considerado o maior fadista da 2.ª metade do século XX, António Seixo cantou com Amália Rodrigues no fim da ditadura.

António José Seixo faleceu a 10 de Abril no Hospital de Santa Maria em lisboa, vitíma de uma doença prolongada. Foi um grande fadista emblemática nos anos 70 e 80, assinalando na história portuguesa o fim do regime de Marcelo Caetano.

Com antepassados açorianos, a família tinha uma ligação muito forte com a música: o pai, Henrique Seixo, era cantor popular; o avô, Martinho Seixo, era pianista e os seus tios, João Seixo e Manuel Seixo, eram violencelistas.

Aos quatro anos de idade o fadista aprende a tocar piano com seu avô, e aos sete inicia as primeiras aulas de canto com seu pai.

Em 1940 Seixo inscreve-se e entra no Conservatório de Música em Lisboa, sendo aluno dos mestres Toni de Matos e de Carlos Ferreira. O fadista forma um grupo de três elementos "TRIO DA AMIZADE" entre eles: o Carlos Fernandes, o guitarrista e o Miguel Tavares, cavaquinho. O grupo participou e ganhou concursos de vários pontos de Portugal.

António Seixo emprega no Conservatório de Música como professor de música de fado.

Em 1962 o governo ditaturial baniu todas as obras dos seus mestres por "distorção formalistas e tendências anti-ditatoriais" e acabaram por serem presos e torturados e assassinados pela PIDE.

Solidário, o fadista acaba por se demitir da Conservatória e dedicasse a dar aulas particulares para sustentar a familia.

Entre 1972 a 1974, o fadista alinhou num movimento secreto e compõe músicas contra o regime ditatorial.

Na Revolução de 25 de Abril, Seixo canta para o povo em grande euforia e reabilita novamente, mas como director do Conservatório de Música em Lisboa.

O fadista juntou no seu grupo "TRIO AMIZADE" com a participação de Amália Rodrigues nos grandes espectáculos e casinos portugueses.

A homenagem foi realizada um ano depois da morte do fadista, em 10 de Abril, pelas 16 horas no Consevatório de Música em Lisboa, com presença de muitos amigos e admiradores, no qual foi lembrado como um fadista "lutador e contemporâneo".

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